segunda-feira, 23 de maio de 2011

Arrependida

O dia começava normal... Acordei com um barulho muito alto, como se um elicóptero estivesse pousando no pátio do condomínio (ele só estava passando por perto), levantei, me arrumei (puxei a roupa de ontem que estava em cima da cadeira), e saí. Peguei o ônibus de sempre que fazia o mesmo camiho de sempre. Percorre a Av. Assis Brasil e dobra em baixo do Viaduto Obirici. Estamos já bem embaixo do Viaduto quando olho pela janela e vejo o Giovanni correndo e atravessando em meio aos carros. Abanei pela janela sem entender nada, mas, mais que isso, rezei para que ele conseguisse pegar o ônibus (em voz alta), olhava para todas as janelas tentando achá-lo, mas não adiantava, ele se perdera em meio os carros. E cada vez que o ônibus parava numa sinaleira, era uma esperança nova, por um momento acreditei que ele subiria no ônibus. Mas não conseguiu. Fui o caminho todo triste e arrependida por não ter descido do ônibus. Parecia que, por um momento, eu dei mais importância ao meu trabalho, preferindo não me atrasar do que descer para encontrá-lo, mas não é verdade, eu sei que não é... Fui o caminho todo imaginando ele entrando pela porta do ônibus, mas não entrou, em cada parada eu olhava para ver se ele não estava lá mesmo sabendo que era impossível ele chegar lá antes do ônibus. Quando desci do ônibus, esperei na parada que desci, passaram tres ônibus e ele não estava em nenhum. Eu pensei que ele poderia estar em algum daqueles ônibus, mas não estava. Então cheguei correndo, sentei na minha mesa e abri o msn, esperei um pouco caso ele fosse pra casa, não entrou até agora... É meio-dia e trinta e sete e daqui a pouco vou almoçar. Não sei se vou ver ele hoje, mas acho que não, ele deve estar almoçando para ir trabalhar. Enfim, não pude fazer nada mesmo que podendo. Acho que deveria pedir desculpas por não descer, mas ele não gosta quando eu peço desculpa, então não sei o que dizer...

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