domingo, 13 de maio de 2012

Dilemas de Meninas #02

~O drama do pub

Imagine-se na situação:
Você entra naquele pub(zinho), em cima do salto, olhar 43, senta-se como uma dama na cadeira que o garçom fez questão de puxar, acomoda-se e pede uma bebida (coca u.u). Aí, bate o olho num cara muito gato. E mais, percebe que ele também te olhou, e fica esperando uma atitude.
Joga uns olhares de quando em quando, percebe que ele faz o mesmo, mas nem um e nem o outro tem coragem de se aprochegar pra puxar um papo.
O sambinha ao vivo rolando e você com o pé coçando pra dançar, mas o raparigo não se mexe pra te puxar pra uma dança.
Cutuca sua amiga, e diz:
- Ai, to olhando um cara, e ele me olhando, mas o babaca não vem falar comigo, que que tu acha? Eu vou lá ou não? Tomo a droga da atitude ou não?
Toma a droga da atitude, arreda o pé pra se levantar, ele dá uma viradinha pra te dar mais uma olhada, e é aí que você desiste e toma de volta seu posto de menininha que quer ser conquistada.
Dá uma pequena olhadinha... Olha.... Olha nos olhos... Encara como nunca encarou ninguém... E o trouxa nem se mexe de lá e fica falando alguma coisa (que você não consegue descobrir o que é) para os amigos. E aquilo te dá raiva, porque você não sabe se ele o que ele está falando, aí você imagina duas possibilidades:
Ou ele está falando bem de você para os amigos: "Bah, olha a gata lá naquela mesa, a mais linda do bar!"
Ou ele está falando mal de vocês para os amigos: "Bah, olha que garota sem noção, se veste mal e eu não pegaria nem se tivesse que escolher entre ela e o capeta!"
Aí você conta isso pra sua amiga e ela diz que tem certeza que ele não chegou ainda porque acha que você é "demais pra ele", mesmo você tento a noção de que isso é fisicamente impossível.
Então uma ideia brilhante (ou nem tão brilhante assim) passe pela sua cabeça e você se levanta para ir ao banheiro com sua amiga e passa bem diva na frente dele, e o idiota fica olhando pro teto, pro chão, pra cara do amigo dele, pra qualquer lugar, menos pra você.
Aff, homens, vamos se ligar mais né!?!
Volta, aí você decide que não vai mais olhar pra ele porque ele é trouxa demais pra você. Então você bebe!
Bebe, e de repente o amigo feio dele te puxa pra dançar, você dança, dança e dança e quando vê ele te beijou e você deixou! Tudo isso pra no final da noite o amigo dele dizer algo deste tipo:
- Bah, meu amigo até queria ficar contigo, mas ele te viu bêbada e te achou meio idiota, aí falou pra eu tentar e ir fundo e foi assim que eu conheci a mulher da minha vida!
Aí você se sente a maior idiota do mundo porque fez o cara achar que você era uma piriguete bêbada dançando que nem uma vagabunda que deu selinho triplo com as suas amigas entre outras loucuras que você não faria se estivesse sóbria, e aí você começa a culpar o menino, porque, claro, a culpa é dele, por ser tão devagar!
E no outro dia de manhã o amigo feio te liga querendo sair contigo e te incomoda até você ter que trocar seu número por causa de um babaca que você beijou noite passada.
Coisas de meninos né, vai entender...!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Estragou a televisão!

- Iiiiih
- E agora?
- Vamos ter que conversar.
- Vamos ter que o quê?
- Conversar. É quando um fala com o outro.
- Fala o quê?
- Qualquer coisa. Bobagem.
- Perder tempo com bobagem?
- E a televisão, o que é?
- Sim, mas isso é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
- Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
- Então começa você.
- Gostei do seu cabelo assim.
- Ele está assim há meses, Eduardo. Você é que não tinha...
- Geraldo.
- Hein?
- Geraldo. Meu nome não é Eduardo, é Geraldo.
- Desde quando?
- Desde o batismo.
- Espera um pouquinho. O homem com quem eu casei se chamava Eduardo.
- Eu me chamo Geraldo, Maria Ester.
- Geraldo Maria Ester?!
- Não, só Geraldo. Maria Ester é o seu nome.
- Não é não.
- Como, não é não?
- Meu nome é Valdusa.
- Você enlouqueceu, Maria Ester?
- Pelo amor de Deus, Eduardo...
- Geraldo.
- Pelo amor de Deus, meu nome sempre foi Valdusa. Dusinha, você não se lembra?
- Eu nunca conheci nenhuma Valdusa. Como é que eu posso estar casado com uma mulher que eu nunca... Espera. Valdusa. Não era a mulher do, do... Um de bigode...
- Eduardo.
- Eduardo!
- Exatamente. Eduardo. Você.
- Meu nome é Geraldo, Maria Ester.
- Valdusa. E pensando bem, que fim levou o seu bigode?
- Eu nunca usei bigode!
- Você é que está querendo me enlouquecer, Eduardo.
- Calma. Vamos com calma.
- Se isso for alguma brincadeira sua...
- Um de nós está maluco. Isso é certo.
- Vamos recapitular. Quando foi que casamos?
- Foi no dia, no dia...
- Arrá! Tá aí. Você sempre esqueceu o dia do nosso casamento... Prova de que você é o Eduardo e a maluca não sou eu.
- E o bigode? Como você explica o bigode?
- Fácil. Você raspou.
- Eu nunca tive bigode, Maria Ester!
- Valdusa!
- Tá bom. Calma. Vamos tentar ser racionais. Digamos que o seu nome seja mesmo Valdusa. Você conhece alguma Maria Ester?
- Deixa eu pensar. Maria Ester... Nós não tínhamos uma vizinha chamada Maria Ester?
- A única vizinha que eu me lembro é a tal de Valdusa.
- Maria Ester. Claro. Agora me lembrei. E o nome do marido dela era... Jesus!
- O marido dela se chamava Jesus?
- Não. O marido se chamava Geraldo.
- Geraldo...
- É.
- Era eu. Ainda sou eu.
- Parece...
- Como foi que isso aconteceu?
- As casas geminadas, lembra?
- A rotina de todos os dias...
- Marido chega em casa cansado, marido e mulher mal se olham...
- Um dia marido cansado erra a porta, mulher nem nota...
- Há quanto tempo vocês se mudaram daqui?
- Nós nunca nos mudamos. Você e Eduardo é que se mudaram.
- Eu e o Eduardo, não. Maria Ester e o Eduardo.
- É mesmo...
- Será que eles já se deram conta?
- Só se a televisão deles também quebrou.

Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Doce vida de solteiro!

De todas as coisas que aprendi na vida, a que mais me toca hoje é a diferença entre ser um solteiro que nunca namorou e ser um solteiro que foi dispensado (chutado mesmo) por alguém.
A diferença está no fato de que quando nunca se namorou, não se sabe o quanto é bom ter uma pessoa pra chamar de sua e te chamar de minha, então, não sente falta, apenas curiosidade de saber como é. Agora, o que foi chutado, sabe como é ser amado, mas não tem quem o ame (meu caso)!
Mas deve ter alguma coisa boa em ser solteiro, já que todo mundo diz...
Vejamos então as vantagens:

  • Poder sair com várias pessoas e não ter compromisso sério com nenhuma;
  • poder sair e não precisar dar satisfação de onde vai e com quem vai;
  • não precisar dividir seu copo;
  • não se preocupar com problemas de mais ninguém além dos seus mesmo;
  • ter uma rotina mais imprevisível;
Bom, as desvantagens não precisamos falar aqui né (por favor, é tudo o que eu menos preciso).
Essas foram só cinco vantagens (as que eu pude pensar agora), claro que existem mais, mas acho que estas estão boas para mostrar que há sim um lado bom em ser solteiro. E afinal de contas, o que tem de bom em estar namorando mesmo? Não ter a liberdade de fazer o que quiser sem precisar sempre ouvir a opinião de alguém que é parte efetiva da tua intimidade, não poder simplesmente dizer "Hoje vou sair e me divertir sem me importar com nada", ter sempre que se adaptar á vida de outra pessoa, aos costumes de outra pessoa, á rotina de outra pessoa, ter que modificar seus planos para que se encaixem nos planos de outra pessoa, sempre outra pessoa, nunca você primeiro! É complicado demais.
Não é que eu não apoie o namoro, até porque eu prefiro o namoro, mas é que neste momento eu sou obrigada a gostar de ser solteira, então, vamos esquecer o lado bom do namoro só um pouquinho e vamos falar do quanto é bom não ter um pé-no-saco sempre á tira-colo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dilemas de Meninas #01

~O Encontro


Então você assume o papel de mulher de atitude e convida o menino mais gato da sua escola pra sair e o raparigo aceita.
Você não esperava que ele dissesse sim, afinal, todos os homens te tratam como um amigo (homem) só porque você tem mais assunto com eles do que com as meninas fúteis da sua sala de aula, mas ele aceitou e o próximo desafio é achar uma roupa perfeita!
1° - Tem que parecer que você não ficou horas revirando seu guarda-roupa á procura da roupa perfeita (apesar de que ficou). Uma roupa casual que faça parecer que você é bem vestida naturalmente.
2° - A roupa não só tem que fazer você parecer que se veste bem como também tem que fazer parecer que você tem um estilo legal, porque a ideia é impressionar o menino.
3° - É essencial que você esteja bem perfumada (mas não taaanto)
4° - Seu estilo tem que combinar com o estilo de garota que ele gosta (se você quer mesmo conquistar o bonito).
5° - O cabelo bem arrumado.
6° - A maquiagem perfeita.
7° - A bolsa combinando com o sapato e o sapato combinando com o resto da roupa (e assim sucessivamente).
Aí você coloca aquela saia florida que seu irmão diz ser feita de cortina (mas não, ela é linda) com uma blusinha rosa, a bolsa linda que comprou naquela lojinha do shopping, quando percebe que nos pés ainda estão as pantufas (boas e velhas). São rosas, e combinam, pena que são um par de ursinhos e, principalmente, são pantufas. Aí você revira seus sapatos á procura de algo rosa, mas não tem, porque quando você viu aquela sapatilha rosa linda, achou ela muito meiguinha e pensou que nunca iria usar e por isso não a comprou.
Muda a roupa!
Coloca aquele jeans surrado com aquele All Star de botinha e uma blusinha que valorize as curvas que Deus lhe deu, e mesmo não sendo a roupa perfeita, repete para si mesma na frente do espelho:
 - Ele aceitou, tenho que só ser eu mesma!
De tanto que escolheu uma bolsa, decidiu colocar o dinheiro num bolso, o celular noutro e deixou as bolsas de lado.
Prendeu o cabelo num coque no meio da cabeça e preparou as maquiagens na frente do espelho. Maquiagem!
Passou a base que acabou na metade do seu rosto, tentou concertar com um pó esfarelado (porque você deixou cair quando tentava retocar a maquiagem naquele banheiro de festa atolado de mulher), lápis, rímel (claro), e um blush discreto pra dar uma vida, e nada de batom!
Solta o cabelo, perfeito! Prende pra ver como fica, solta de novo e ele está uma droga... Prende de novo!
Pronta!
O celular toca
- Alô!
- Oi, estou chegando, pode descer!
- Ah, ok, já estou chegando!
Perde a chave, volta, procura, saí correndo, chega lá, se encosta no ferro e não vê que ele já está do outro lado te esperando!
No final das contas, tanto trabalho pra ouvir que você é linda como é, e que fica melhor sem maquiagem. Obrigada, meninos, pelo lindo elogio! (ironia, ok?)
Mas, enfim, sorria, porque você está neste exato momento sentada na frente do computador, lendo este texto, usando uma camisa de flanela e sentindo o perfume dele bafejar na sua nuca (ou não).

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pra variar...

Boa tarde (noite, manhã) pra vocês, meus lisérgicos preferidos!
Sinceramente já são 15h da tarde e não há sobre nada que eu consiga escrever... Acontece nas melhores famílias, acreditem. 
E começar por onde? Tédio? Sim, tédio é um mal que consome a maioria dos jovens no mundo hoje e a culpa não é dos computadores que insistem em ficar ligados na nossa frente, mas pelo fato de que há tanta coisa a ser dita e nada de ouvidos para ouvir.
Não é que o mundo não nos dê espaço, até dão, não falta maneiras, não falta nada, só incentivo, talvez. É bem simples na verdade, ninguém quer discursar para um bando de idiotas e idiotas é o que mais temos no mundo, então, de tanto transbordar palavras, estouramos nosso consciente e morremos por dentro, trazendo assim o tédio.
A maioria dos jovens querem falar de amor e as pessoas tem o preconceito de achar que os jovens não sabem o que é amor, por isso não os ouvem. Mas parando pra pensar, a coisa mais importante é o amor, sendo assim, os jovens falam do assunto mais importante e menos valorizado.
Então, por que não os ouvem? Voltando um pouco no texto, é porque a humanidade é idiota!