sábado, 6 de agosto de 2011

Minha razão

Quando me perguntam o que é mais importante pra mim, eu só sei dizer que é minha família. Quer dizer, MINHA FAMÍLIA, não minha mãe e meus irmãos - não que eu os odeie e não pense neles, mas penso como penso nos amigos - .
Então me perguntam o que eu vejo para o futuro.

ANTES: Uma faculdade de cinema, depois viver sozinha num apartamento na Itália escrevendo até morrer de velha ou afogada por páginas antigas de livros antigos.

HOJE: Estar cortando legumes enquanto ela espera no carrinho de bebê do outro lado do balcão que dá da cozinha pra sala vendo desenho, quando ele chega com sua maleta, que na verdade é uma capa de violão, do trabalho, me beija e mesmo estando cansado, pega nossa menina e coloca o velho disco no vinil e começa a dançar Beatles com a nossa princesinha nos braços. Mais tarde o jantar fica pronto e comemos enquanto conversamos sobre o que fizemos em mais esse dia maravilhoso das nossas vidas. Ele conta como foi no ensaio e eu conto quantas páginas a mais aquele dia me rendeu, sem falar claro quando conto a ele sobre a primeira palavra que a nossa razão de viver disse, ou seu primeiro passo. Vamos dormir e assim começa outro dos dias perfeitos de nossa vida.

E então, é por isso que eu morreria, que eu perderia todo o meu tempo, que eu deixaria tudo, que eu sacrificaria qualquer coisa. Por essa concentração de todo o amor que há na terra e que se explode em três palavras: Amanda, Giovanni e Perséfone!