~Dramas básicos
Toda menina um dia já se apaixonou por aquele cara que jamais poderia namorar... E mesmo assim, quem nunca tentou puxar assunto pela internet (porque na vida real não teria coragem) com o raparigo, apesar de saber que nunca teria chance nenhuma?
Você manda um "oi" simples só pra ver se ele responde, porque quem não arrisca não petisca, e o que você mais quer é petiscar!
- Oi!
"Mensagem visualizada ás 22:12"
...
Ele viu, não quis te responder e aí você passa a ser a maior idiota do mundo. Você coloca as mãos na cabeça e se pergunta porque mesmo que fez aquilo e jura que se pudesse voltar no tempo não teria dado o maldito oi, coloca a cara no travesseiro, pensa em se matar ou, no mínimo, nunca mais sair de dentro de casa porque, agora ele está te achando uma bobinha e você se achando uma bobona. Porque você pensou que estava pronta para chutar o balde e dane-se o resto, mas você não estava, porque o dane-se não existe, e a única coisa que resta é a opinião dele sobre você, que a essas alturas não é das melhores.
Vergonha alheia, bochechas vermelhas e quentes e fica repetindo para si mesma "Q-U-E I-D-I-O-T-A que eu sou, agora ele sabe que eu to afim dele e vai rir de mim eternamente e contar pros amigos e todos vão rir junto da garotinha aqui!"
Você se conforma, aceita a situação numa boa, fecha a janela da conversa (que nem teve chance de acontecer), e vai fazer qualquer outra coisa. Já se passou uma hora desde o ocorrido e nem sinal dele, tudo bem, você ainda está respirando normal e nada de ruim aconteceu! Lá pelas tantas...
- Ah, oi, desculpe não ter respondido, tive que ir ajudar minha mãe...
E o coração vai a loucura...
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Amigo, tipo, colorido
Sabe quando só a melodia de uma música já te lembra aquela pessoa especial, aquele que te faz esquecer toda tua tristeza e tua dor, aquele que tu gosta de estar perto pelo simples fato de que ele te faz rir, viaja nas tuas viagens, canta as mesmas músicas que tu, faz as mesmas brincadeiras, e tu acha ele tão lindo que dá até um orgulho de estar do lado dele… E que tu sabe que não vai beijá-lo a toda hora, mas quando beija, é especial, é com carinho, tipo de amigo… Aquele amigo, que ao mesmo tempo é colorido, que te fala da garota que ele gosta e ouve tu falar do garoto que tu gosta e no final te dá um beijo cheio de carinho… Que tem um perfume perfeito, um sorriso lindo e palavras doces pra te oferecer. Aquele abraço bom, chamego gostoso e mordida forte… Que gosta das mesmas estranhezas que tu, que entende tuas piadas e tuas gírias quando ninguém mais entende, que tu sabe que vai te fazer rir quando ninguém mais fizer… Aquele amigo que te manda sms de madrugada só pra dizer que tu é a melhor pessoa do mundo e que ele te ama muito… Que não é aquele príncipe dos sonhos das meninas, mas que veste aquele jeans surrado que tu adora, toca baixo, fala bobagem, ri das tuas bobagens e nojices, que é o teu parceiro ideal pra ouvir teus punks podres, que acha legal o teu estilo em meio a um monte de adolescente que só sabem falar de modinhas… Aquele 1 em 1milhão.
sábado, 2 de junho de 2012
Flores de Pitangueira
Hoje, 2 de junho de 2012, é a véspera dos meus 17 anos. Mesmo que tendo17 anos, ainda nem completos, já pude sentir do que a vida, e o amor, são capazes de fazer. Isto é um testemunho de uma jovem de tão poucos anos cronologicamente, que já sofreu o bastante pra afirmar que sim, o amor mata.
A exatamente um ano atrás, eu ganhei um presente que até hoje levo pendurado no pescoço: um colar com uma palheta pendurada. Ganhei do cara que, provavelmente, é o homem da minha vida, porém, nem sempre somos o amor da vida do amor da nossa vida.
No primeiro mês, adoeci, fiquei de cama, não comia, apenas vomitava e chorava pelo orgulho que a muito tempo foi ferido e abandonado, dor que só quem sabe o que é gritar a verdade para um sofredor que não quer ouvir pode um dia sentir. Doía tanto, a dor era tão grande que da portaria do prédio dava pra se ouvir os gritos de dor e os lamentos por ter uma vida tão injusta. Eu chorava, berrava, porque doía, e minha mãe em volta, tentando acalentar, sem nem mais saber o que fazer, então chorava comigo. Não queria sair de casa, não queria saber de mais ninguém, morria, me matava cada vez mais por um garoto que a um ano atrás me fez juras de amor e dizia que "por mais que tu um dia possa não me amar mais, eu vou continuar te amando e sofrendo por ti". Era mais inconformidade, porque não achava que a vida pudesse ser tão injusta assim, a ponto de separar duas almas gêmeas.
Depois de longas conversas com minhas amigas, parei e pensei: não tenho que me desfazer deste amor, posso apenas colocá-lo numa caixinha e, por mais que ele aumente a cada dia, vou conseguir ignorá-lo. E então, o garoto que me fez ser mulher, agora me fazia ser mulher forte, e mulher forte não chora por homem fraco. Não é porque eu o amo que vou esconder seus defeitos, ainda acho que a palavra "homem" não se encaixa para ele, que ainda é um menino, tampouco direi que ele é perfeito, não, há mil coisas que melhoraram na minha vida depois que terminamos, por exemplo, pude voltar a sair com meus amigos e amigas, coisa que antes não podia por causa de ciúmes bobo, pude, inclusive, conhecer gente nova, e depois de muita luta interior, consegui beijar outros caras, alguns mais homens que ele, outros menos, mas todos diferentes, voltei a participar do teatro que tanto gostava porém não podia participar por causa do seu ciúmes bobo.
E, nunca fui do tipo de pessoa que esconde a verdade, posso dizer sim, e hoje sem chorar, que eu o amo, AMO DE VERDADE, com todo o amor que Deus me deu, mas sabendo que ele não é o homem que poderia ser o par da mulher que sou hoje, perdoaria ele, na verdade, já perdoei, e estaria aqui pra quando ele quisesse, mas não poderia mais ser sua namorada, e reconheço isso, porque não poderia deixar que ele fizesse comigo novamente o que um dia fez, e espero que um dia ele possa ser homem pra poder ser meu par, enquanto isso, aguardo, aguardo indo em festas, saindo, curtindo, porque eu tenho apenas 17 anos mal completos e uma vida inteira pela frente, mas se soubesse que ele precisaria de alguma ajuda, pararia o mundo por ele.
Hoje, sei que ele está se relacionando com outra menina, e agradeço a Deus por isso, porque, por amar ele, quero que ele seja feliz, mesmo que não seja comigo.
A um ano atrás eu era uma menininha ciumenta e egoísta, mas apaixonada, hoje, me orgulho de dizer que sou a mulher que conta essa história sem derrubar uma lágrima, a mulher que ainda acredita que um dia ele vai voltar, como ele mesmo me prometeu no dia que saiu daqui, e aguardo esse dia ansiosa, enquanto isso, vou seguir em frente, porque amanhã já faço 17, e quando vejo, o tempo das escolhas já está na minha frente e eu tenho que escolher, e eu escolho ser feliz e paciente, esperando ansiosa pelo dia em que ele vai voltar, mas posso dizer que só aceito homem, porque meninos não acompanham mulheres, e sim menininhas.
Por fim, quero agradecer á ele por ter me feito crescer tanto, e continuo rezando pra ele entender que fui eu quem sempre fui verdadeira e fiel á ele. Espero que minha história sirva de exemplo pra todas as meninas que hoje sofrem, pra que elas saibam que também podem virar mulheres.
A exatamente um ano atrás, eu ganhei um presente que até hoje levo pendurado no pescoço: um colar com uma palheta pendurada. Ganhei do cara que, provavelmente, é o homem da minha vida, porém, nem sempre somos o amor da vida do amor da nossa vida.
No primeiro mês, adoeci, fiquei de cama, não comia, apenas vomitava e chorava pelo orgulho que a muito tempo foi ferido e abandonado, dor que só quem sabe o que é gritar a verdade para um sofredor que não quer ouvir pode um dia sentir. Doía tanto, a dor era tão grande que da portaria do prédio dava pra se ouvir os gritos de dor e os lamentos por ter uma vida tão injusta. Eu chorava, berrava, porque doía, e minha mãe em volta, tentando acalentar, sem nem mais saber o que fazer, então chorava comigo. Não queria sair de casa, não queria saber de mais ninguém, morria, me matava cada vez mais por um garoto que a um ano atrás me fez juras de amor e dizia que "por mais que tu um dia possa não me amar mais, eu vou continuar te amando e sofrendo por ti". Era mais inconformidade, porque não achava que a vida pudesse ser tão injusta assim, a ponto de separar duas almas gêmeas.
Depois de longas conversas com minhas amigas, parei e pensei: não tenho que me desfazer deste amor, posso apenas colocá-lo numa caixinha e, por mais que ele aumente a cada dia, vou conseguir ignorá-lo. E então, o garoto que me fez ser mulher, agora me fazia ser mulher forte, e mulher forte não chora por homem fraco. Não é porque eu o amo que vou esconder seus defeitos, ainda acho que a palavra "homem" não se encaixa para ele, que ainda é um menino, tampouco direi que ele é perfeito, não, há mil coisas que melhoraram na minha vida depois que terminamos, por exemplo, pude voltar a sair com meus amigos e amigas, coisa que antes não podia por causa de ciúmes bobo, pude, inclusive, conhecer gente nova, e depois de muita luta interior, consegui beijar outros caras, alguns mais homens que ele, outros menos, mas todos diferentes, voltei a participar do teatro que tanto gostava porém não podia participar por causa do seu ciúmes bobo.
E, nunca fui do tipo de pessoa que esconde a verdade, posso dizer sim, e hoje sem chorar, que eu o amo, AMO DE VERDADE, com todo o amor que Deus me deu, mas sabendo que ele não é o homem que poderia ser o par da mulher que sou hoje, perdoaria ele, na verdade, já perdoei, e estaria aqui pra quando ele quisesse, mas não poderia mais ser sua namorada, e reconheço isso, porque não poderia deixar que ele fizesse comigo novamente o que um dia fez, e espero que um dia ele possa ser homem pra poder ser meu par, enquanto isso, aguardo, aguardo indo em festas, saindo, curtindo, porque eu tenho apenas 17 anos mal completos e uma vida inteira pela frente, mas se soubesse que ele precisaria de alguma ajuda, pararia o mundo por ele.
Hoje, sei que ele está se relacionando com outra menina, e agradeço a Deus por isso, porque, por amar ele, quero que ele seja feliz, mesmo que não seja comigo.
A um ano atrás eu era uma menininha ciumenta e egoísta, mas apaixonada, hoje, me orgulho de dizer que sou a mulher que conta essa história sem derrubar uma lágrima, a mulher que ainda acredita que um dia ele vai voltar, como ele mesmo me prometeu no dia que saiu daqui, e aguardo esse dia ansiosa, enquanto isso, vou seguir em frente, porque amanhã já faço 17, e quando vejo, o tempo das escolhas já está na minha frente e eu tenho que escolher, e eu escolho ser feliz e paciente, esperando ansiosa pelo dia em que ele vai voltar, mas posso dizer que só aceito homem, porque meninos não acompanham mulheres, e sim menininhas.
Por fim, quero agradecer á ele por ter me feito crescer tanto, e continuo rezando pra ele entender que fui eu quem sempre fui verdadeira e fiel á ele. Espero que minha história sirva de exemplo pra todas as meninas que hoje sofrem, pra que elas saibam que também podem virar mulheres.
Mandy
domingo, 13 de maio de 2012
Dilemas de Meninas #02
~O drama do pub
Imagine-se na situação:
Você entra naquele pub(zinho), em cima do salto, olhar 43, senta-se como uma dama na cadeira que o garçom fez questão de puxar, acomoda-se e pede uma bebida (coca u.u). Aí, bate o olho num cara muito gato. E mais, percebe que ele também te olhou, e fica esperando uma atitude.
Joga uns olhares de quando em quando, percebe que ele faz o mesmo, mas nem um e nem o outro tem coragem de se aprochegar pra puxar um papo.
O sambinha ao vivo rolando e você com o pé coçando pra dançar, mas o raparigo não se mexe pra te puxar pra uma dança.
Cutuca sua amiga, e diz:
- Ai, to olhando um cara, e ele me olhando, mas o babaca não vem falar comigo, que que tu acha? Eu vou lá ou não? Tomo a droga da atitude ou não?
Toma a droga da atitude, arreda o pé pra se levantar, ele dá uma viradinha pra te dar mais uma olhada, e é aí que você desiste e toma de volta seu posto de menininha que quer ser conquistada.
Dá uma pequena olhadinha... Olha.... Olha nos olhos... Encara como nunca encarou ninguém... E o trouxa nem se mexe de lá e fica falando alguma coisa (que você não consegue descobrir o que é) para os amigos. E aquilo te dá raiva, porque você não sabe se ele o que ele está falando, aí você imagina duas possibilidades:
Ou ele está falando bem de você para os amigos: "Bah, olha a gata lá naquela mesa, a mais linda do bar!"
Ou ele está falando mal de vocês para os amigos: "Bah, olha que garota sem noção, se veste mal e eu não pegaria nem se tivesse que escolher entre ela e o capeta!"
Aí você conta isso pra sua amiga e ela diz que tem certeza que ele não chegou ainda porque acha que você é "demais pra ele", mesmo você tento a noção de que isso é fisicamente impossível.
Então uma ideia brilhante (ou nem tão brilhante assim) passe pela sua cabeça e você se levanta para ir ao banheiro com sua amiga e passa bem diva na frente dele, e o idiota fica olhando pro teto, pro chão, pra cara do amigo dele, pra qualquer lugar, menos pra você.
Aff, homens, vamos se ligar mais né!?!
Volta, aí você decide que não vai mais olhar pra ele porque ele é trouxa demais pra você. Então você bebe!
Bebe, e de repente o amigo feio dele te puxa pra dançar, você dança, dança e dança e quando vê ele te beijou e você deixou! Tudo isso pra no final da noite o amigo dele dizer algo deste tipo:
- Bah, meu amigo até queria ficar contigo, mas ele te viu bêbada e te achou meio idiota, aí falou pra eu tentar e ir fundo e foi assim que eu conheci a mulher da minha vida!
Aí você se sente a maior idiota do mundo porque fez o cara achar que você era uma piriguete bêbada dançando que nem uma vagabunda que deu selinho triplo com as suas amigas entre outras loucuras que você não faria se estivesse sóbria, e aí você começa a culpar o menino, porque, claro, a culpa é dele, por ser tão devagar!
E no outro dia de manhã o amigo feio te liga querendo sair contigo e te incomoda até você ter que trocar seu número por causa de um babaca que você beijou noite passada.
Coisas de meninos né, vai entender...!
Imagine-se na situação:
Você entra naquele pub(zinho), em cima do salto, olhar 43, senta-se como uma dama na cadeira que o garçom fez questão de puxar, acomoda-se e pede uma bebida (
Joga uns olhares de quando em quando, percebe que ele faz o mesmo, mas nem um e nem o outro tem coragem de se aprochegar pra puxar um papo.
O sambinha ao vivo rolando e você com o pé coçando pra dançar, mas o raparigo não se mexe pra te puxar pra uma dança.
Cutuca sua amiga, e diz:
- Ai, to olhando um cara, e ele me olhando, mas o babaca não vem falar comigo, que que tu acha? Eu vou lá ou não? Tomo a droga da atitude ou não?
Toma a droga da atitude, arreda o pé pra se levantar, ele dá uma viradinha pra te dar mais uma olhada, e é aí que você desiste e toma de volta seu posto de menininha que quer ser conquistada.
Dá uma pequena olhadinha... Olha.... Olha nos olhos... Encara como nunca encarou ninguém... E o trouxa nem se mexe de lá e fica falando alguma coisa (que você não consegue descobrir o que é) para os amigos. E aquilo te dá raiva, porque você não sabe se ele o que ele está falando, aí você imagina duas possibilidades:
Ou ele está falando bem de você para os amigos: "Bah, olha a gata lá naquela mesa, a mais linda do bar!"
Ou ele está falando mal de vocês para os amigos: "Bah, olha que garota sem noção, se veste mal e eu não pegaria nem se tivesse que escolher entre ela e o capeta!"
Aí você conta isso pra sua amiga e ela diz que tem certeza que ele não chegou ainda porque acha que você é "demais pra ele", mesmo você tento a noção de que isso é fisicamente impossível.
Então uma ideia brilhante (
Aff, homens, vamos se ligar mais né!?!
Volta, aí você decide que não vai mais olhar pra ele porque ele é trouxa demais pra você. Então você bebe!
Bebe, e de repente o amigo feio dele te puxa pra dançar, você dança, dança e dança e quando vê ele te beijou e você deixou! Tudo isso pra no final da noite o amigo dele dizer algo deste tipo:
- Bah, meu amigo até queria ficar contigo, mas ele te viu bêbada e te achou meio idiota, aí falou pra eu tentar e ir fundo e foi assim que eu conheci a mulher da minha vida!
Aí você se sente a maior idiota do mundo porque fez o cara achar que você era uma piriguete bêbada dançando que nem uma vagabunda que deu selinho triplo com as suas amigas entre outras loucuras que você não faria se estivesse sóbria, e aí você começa a culpar o menino, porque, claro, a culpa é dele, por ser tão devagar!
E no outro dia de manhã o amigo feio te liga querendo sair contigo e te incomoda até você ter que trocar seu número por causa de um babaca que você beijou noite passada.
Coisas de meninos né, vai entender...!
terça-feira, 8 de maio de 2012
Estragou a televisão!
- Iiiiih
- E agora?
- Vamos ter que conversar.
- Vamos ter que o quê?
- Conversar. É quando um fala com o outro.
- Fala o quê?
- Qualquer coisa. Bobagem.
- Perder tempo com bobagem?
- E a televisão, o que é?
- Sim, mas isso é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
- Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
- Então começa você.
- Gostei do seu cabelo assim.
- Ele está assim há meses, Eduardo. Você é que não tinha...
- Geraldo.
- Hein?
- Geraldo. Meu nome não é Eduardo, é Geraldo.
- Desde quando?
- Desde o batismo.
- Espera um pouquinho. O homem com quem eu casei se chamava Eduardo.
- Eu me chamo Geraldo, Maria Ester.
- Geraldo Maria Ester?!
- Não, só Geraldo. Maria Ester é o seu nome.
- Não é não.
- Como, não é não?
- Meu nome é Valdusa.
- Você enlouqueceu, Maria Ester?
- Pelo amor de Deus, Eduardo...
- Geraldo.
- Pelo amor de Deus, meu nome sempre foi Valdusa. Dusinha, você não se lembra?
- Eu nunca conheci nenhuma Valdusa. Como é que eu posso estar casado com uma mulher que eu nunca... Espera. Valdusa. Não era a mulher do, do... Um de bigode...
- Eduardo.
- Eduardo!
- Exatamente. Eduardo. Você.
- Meu nome é Geraldo, Maria Ester.
- Valdusa. E pensando bem, que fim levou o seu bigode?
- Eu nunca usei bigode!
- Você é que está querendo me enlouquecer, Eduardo.
- Calma. Vamos com calma.
- Se isso for alguma brincadeira sua...
- Um de nós está maluco. Isso é certo.
- Vamos recapitular. Quando foi que casamos?
- Foi no dia, no dia...
- Arrá! Tá aí. Você sempre esqueceu o dia do nosso casamento... Prova de que você é o Eduardo e a maluca não sou eu.
- E o bigode? Como você explica o bigode?
- Fácil. Você raspou.
- Eu nunca tive bigode, Maria Ester!
- Valdusa!
- Tá bom. Calma. Vamos tentar ser racionais. Digamos que o seu nome seja mesmo Valdusa. Você conhece alguma Maria Ester?
- Deixa eu pensar. Maria Ester... Nós não tínhamos uma vizinha chamada Maria Ester?
- A única vizinha que eu me lembro é a tal de Valdusa.
- Maria Ester. Claro. Agora me lembrei. E o nome do marido dela era... Jesus!
- O marido dela se chamava Jesus?
- Não. O marido se chamava Geraldo.
- Geraldo...
- É.
- Era eu. Ainda sou eu.
- Parece...
- Como foi que isso aconteceu?
- As casas geminadas, lembra?
- A rotina de todos os dias...
- Marido chega em casa cansado, marido e mulher mal se olham...
- Um dia marido cansado erra a porta, mulher nem nota...
- Há quanto tempo vocês se mudaram daqui?
- Nós nunca nos mudamos. Você e Eduardo é que se mudaram.
- Eu e o Eduardo, não. Maria Ester e o Eduardo.
- É mesmo...
- Será que eles já se deram conta?
- Só se a televisão deles também quebrou.
Luís Fernando Veríssimo
- E agora?
- Vamos ter que conversar.
- Vamos ter que o quê?
- Conversar. É quando um fala com o outro.
- Fala o quê?
- Qualquer coisa. Bobagem.
- Perder tempo com bobagem?
- E a televisão, o que é?
- Sim, mas isso é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
- Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
- Então começa você.
- Gostei do seu cabelo assim.
- Ele está assim há meses, Eduardo. Você é que não tinha...
- Geraldo.
- Hein?
- Geraldo. Meu nome não é Eduardo, é Geraldo.
- Desde quando?
- Desde o batismo.
- Espera um pouquinho. O homem com quem eu casei se chamava Eduardo.
- Eu me chamo Geraldo, Maria Ester.
- Geraldo Maria Ester?!
- Não, só Geraldo. Maria Ester é o seu nome.
- Não é não.
- Como, não é não?
- Meu nome é Valdusa.
- Você enlouqueceu, Maria Ester?
- Pelo amor de Deus, Eduardo...
- Geraldo.
- Pelo amor de Deus, meu nome sempre foi Valdusa. Dusinha, você não se lembra?
- Eu nunca conheci nenhuma Valdusa. Como é que eu posso estar casado com uma mulher que eu nunca... Espera. Valdusa. Não era a mulher do, do... Um de bigode...
- Eduardo.
- Eduardo!
- Exatamente. Eduardo. Você.
- Meu nome é Geraldo, Maria Ester.
- Valdusa. E pensando bem, que fim levou o seu bigode?
- Eu nunca usei bigode!
- Você é que está querendo me enlouquecer, Eduardo.
- Calma. Vamos com calma.
- Se isso for alguma brincadeira sua...
- Um de nós está maluco. Isso é certo.
- Vamos recapitular. Quando foi que casamos?
- Foi no dia, no dia...
- Arrá! Tá aí. Você sempre esqueceu o dia do nosso casamento... Prova de que você é o Eduardo e a maluca não sou eu.
- E o bigode? Como você explica o bigode?
- Fácil. Você raspou.
- Eu nunca tive bigode, Maria Ester!
- Valdusa!
- Tá bom. Calma. Vamos tentar ser racionais. Digamos que o seu nome seja mesmo Valdusa. Você conhece alguma Maria Ester?
- Deixa eu pensar. Maria Ester... Nós não tínhamos uma vizinha chamada Maria Ester?
- A única vizinha que eu me lembro é a tal de Valdusa.
- Maria Ester. Claro. Agora me lembrei. E o nome do marido dela era... Jesus!
- O marido dela se chamava Jesus?
- Não. O marido se chamava Geraldo.
- Geraldo...
- É.
- Era eu. Ainda sou eu.
- Parece...
- Como foi que isso aconteceu?
- As casas geminadas, lembra?
- A rotina de todos os dias...
- Marido chega em casa cansado, marido e mulher mal se olham...
- Um dia marido cansado erra a porta, mulher nem nota...
- Há quanto tempo vocês se mudaram daqui?
- Nós nunca nos mudamos. Você e Eduardo é que se mudaram.
- Eu e o Eduardo, não. Maria Ester e o Eduardo.
- É mesmo...
- Será que eles já se deram conta?
- Só se a televisão deles também quebrou.
Luís Fernando Veríssimo
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segunda-feira, 7 de maio de 2012
Doce vida de solteiro!
De todas as coisas que aprendi na vida, a que mais me toca hoje é a diferença entre ser um solteiro que nunca namorou e ser um solteiro que foi dispensado (chutado mesmo) por alguém.
A diferença está no fato de que quando nunca se namorou, não se sabe o quanto é bom ter uma pessoa pra chamar de sua e te chamar de minha, então, não sente falta, apenas curiosidade de saber como é. Agora, o que foi chutado, sabe como é ser amado, mas não tem quem o ame (meu caso)!
Mas deve ter alguma coisa boa em ser solteiro, já que todo mundo diz...
Vejamos então as vantagens:
A diferença está no fato de que quando nunca se namorou, não se sabe o quanto é bom ter uma pessoa pra chamar de sua e te chamar de minha, então, não sente falta, apenas curiosidade de saber como é. Agora, o que foi chutado, sabe como é ser amado, mas não tem quem o ame (meu caso)!
Mas deve ter alguma coisa boa em ser solteiro, já que todo mundo diz...
Vejamos então as vantagens:
- Poder sair com várias pessoas e não ter compromisso sério com nenhuma;
- poder sair e não precisar dar satisfação de onde vai e com quem vai;
- não precisar dividir seu copo;
- não se preocupar com problemas de mais ninguém além dos seus mesmo;
- ter uma rotina mais imprevisível;
Essas foram só cinco vantagens (as que eu pude pensar agora), claro que existem mais, mas acho que estas estão boas para mostrar que há sim um lado bom em ser solteiro. E afinal de contas, o que tem de bom em estar namorando mesmo? Não ter a liberdade de fazer o que quiser sem precisar sempre ouvir a opinião de alguém que é parte efetiva da tua intimidade, não poder simplesmente dizer "Hoje vou sair e me divertir sem me importar com nada", ter sempre que se adaptar á vida de outra pessoa, aos costumes de outra pessoa, á rotina de outra pessoa, ter que modificar seus planos para que se encaixem nos planos de outra pessoa, sempre outra pessoa, nunca você primeiro! É complicado demais.
Não é que eu não apoie o namoro, até porque eu prefiro o namoro, mas é que neste momento eu sou obrigada a gostar de ser solteira, então, vamos esquecer o lado bom do namoro só um pouquinho e vamos falar do quanto é bom não ter um pé-no-saco sempre á tira-colo.
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quinta-feira, 3 de maio de 2012
Dilemas de Meninas #01
~O Encontro
Então você assume o papel de mulher de atitude e convida o menino mais gato da sua escola pra sair e o raparigo aceita.
Você não esperava que ele dissesse sim, afinal, todos os homens te tratam como um amigo (homem) só porque você tem mais assunto com eles do que com as meninas fúteis da sua sala de aula, mas ele aceitou e o próximo desafio é achar uma roupa perfeita!
1° - Tem que parecer que você não ficou horas revirando seu guarda-roupa á procura da roupa perfeita (apesar de que ficou). Uma roupa casual que faça parecer que você é bem vestida naturalmente.
2° - A roupa não só tem que fazer você parecer que se veste bem como também tem que fazer parecer que você tem um estilo legal, porque a ideia é impressionar o menino.
3° - É essencial que você esteja bem perfumada (mas não taaanto)
4° - Seu estilo tem que combinar com o estilo de garota que ele gosta (se você quer mesmo conquistar o bonito).
5° - O cabelo bem arrumado.
6° - A maquiagem perfeita.
7° - A bolsa combinando com o sapato e o sapato combinando com o resto da roupa (e assim sucessivamente).
Aí você coloca aquela saia florida que seu irmão diz ser feita de cortina (mas não, ela é linda) com uma blusinha rosa, a bolsa linda que comprou naquela lojinha do shopping, quando percebe que nos pés ainda estão as pantufas (boas e velhas). São rosas, e combinam, pena que são um par de ursinhos e, principalmente, são pantufas. Aí você revira seus sapatos á procura de algo rosa, mas não tem, porque quando você viu aquela sapatilha rosa linda, achou ela muito meiguinha e pensou que nunca iria usar e por isso não a comprou.
Muda a roupa!
Coloca aquele jeans surrado com aquele All Star de botinha e uma blusinha que valorize as curvas que Deus lhe deu, e mesmo não sendo a roupa perfeita, repete para si mesma na frente do espelho:
- Ele aceitou, tenho que só ser eu mesma!
De tanto que escolheu uma bolsa, decidiu colocar o dinheiro num bolso, o celular noutro e deixou as bolsas de lado.
Prendeu o cabelo num coque no meio da cabeça e preparou as maquiagens na frente do espelho. Maquiagem!
Passou a base que acabou na metade do seu rosto, tentou concertar com um pó esfarelado (porque você deixou cair quando tentava retocar a maquiagem naquele banheiro de festa atolado de mulher), lápis, rímel (claro), e um blush discreto pra dar uma vida, e nada de batom!
Solta o cabelo, perfeito! Prende pra ver como fica, solta de novo e ele está uma droga... Prende de novo!
Pronta!
O celular toca
- Alô!
- Oi, estou chegando, pode descer!
- Ah, ok, já estou chegando!
Perde a chave, volta, procura, saí correndo, chega lá, se encosta no ferro e não vê que ele já está do outro lado te esperando!
No final das contas, tanto trabalho pra ouvir que você é linda como é, e que fica melhor sem maquiagem. Obrigada, meninos, pelo lindo elogio! (ironia, ok?)
Mas, enfim, sorria, porque você está neste exato momento sentada na frente do computador, lendo este texto, usando uma camisa de flanela e sentindo o perfume dele bafejar na sua nuca (ou não).
Então você assume o papel de mulher de atitude e convida o menino mais gato da sua escola pra sair e o raparigo aceita.
Você não esperava que ele dissesse sim, afinal, todos os homens te tratam como um amigo (homem) só porque você tem mais assunto com eles do que com as meninas fúteis da sua sala de aula, mas ele aceitou e o próximo desafio é achar uma roupa perfeita!
1° - Tem que parecer que você não ficou horas revirando seu guarda-roupa á procura da roupa perfeita (apesar de que ficou). Uma roupa casual que faça parecer que você é bem vestida naturalmente.
2° - A roupa não só tem que fazer você parecer que se veste bem como também tem que fazer parecer que você tem um estilo legal, porque a ideia é impressionar o menino.
3° - É essencial que você esteja bem perfumada (mas não taaanto)
4° - Seu estilo tem que combinar com o estilo de garota que ele gosta (se você quer mesmo conquistar o bonito).
5° - O cabelo bem arrumado.
6° - A maquiagem perfeita.
7° - A bolsa combinando com o sapato e o sapato combinando com o resto da roupa (e assim sucessivamente).
Aí você coloca aquela saia florida que seu irmão diz ser feita de cortina (mas não, ela é linda) com uma blusinha rosa, a bolsa linda que comprou naquela lojinha do shopping, quando percebe que nos pés ainda estão as pantufas (boas e velhas). São rosas, e combinam, pena que são um par de ursinhos e, principalmente, são pantufas. Aí você revira seus sapatos á procura de algo rosa, mas não tem, porque quando você viu aquela sapatilha rosa linda, achou ela muito meiguinha e pensou que nunca iria usar e por isso não a comprou.
Muda a roupa!
Coloca aquele jeans surrado com aquele All Star de botinha e uma blusinha que valorize as curvas que Deus lhe deu, e mesmo não sendo a roupa perfeita, repete para si mesma na frente do espelho:
- Ele aceitou, tenho que só ser eu mesma!
De tanto que escolheu uma bolsa, decidiu colocar o dinheiro num bolso, o celular noutro e deixou as bolsas de lado.
Prendeu o cabelo num coque no meio da cabeça e preparou as maquiagens na frente do espelho. Maquiagem!
Passou a base que acabou na metade do seu rosto, tentou concertar com um pó esfarelado (porque você deixou cair quando tentava retocar a maquiagem naquele banheiro de festa atolado de mulher), lápis, rímel (claro), e um blush discreto pra dar uma vida, e nada de batom!
Solta o cabelo, perfeito! Prende pra ver como fica, solta de novo e ele está uma droga... Prende de novo!
Pronta!
O celular toca
- Alô!
- Oi, estou chegando, pode descer!
- Ah, ok, já estou chegando!
Perde a chave, volta, procura, saí correndo, chega lá, se encosta no ferro e não vê que ele já está do outro lado te esperando!
No final das contas, tanto trabalho pra ouvir que você é linda como é, e que fica melhor sem maquiagem. Obrigada, meninos, pelo lindo elogio! (ironia, ok?)
Mas, enfim, sorria, porque você está neste exato momento sentada na frente do computador, lendo este texto, usando uma camisa de flanela e sentindo o perfume dele bafejar na sua nuca (ou não).
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